
"Homo Sapiens 1900" é um estudo contundente sobre as origens de uma terrível teoria científica que ficou conhecida mundialmente como Eugenia. Em rápidas palavras, a Eugenia nasceu na Alemanha, e pregava o puro e simples extermínio de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. Física ou mental. A idéia básica era “purificar” a raça, impedindo a “proliferação” de seres humanos menos capacitados.
Através de Fades o diretor imprime ao documentário uma linha do tempo, que nos leva desde o início do século até a sua segunda metade, a linha é colocada entre esses fades com datas respectivas aos fatos ocorridos. Essa técnica ainda imprime uma aparência dos antigos projetores, os quais se trocavam as fotos ao clique de um botão, esse ar “vintage” exprime ao trabalho uma aproximação maior com a época do material que o diretor trabalhou para montar o documentário. “A forma mais simples, e ainda não desprezada ou rejeitada, é usar o lettering – legenda, fornecendo a data ou, simplesmente, o ano”.
Nem sempre, porém, o diretor conseguiu encontrar tomadas que traduzissem com riqueza o que é a eugenia. Por isso, em várias ocasiões, Cohen se viu obrigado a recorrer a imagens genéricas e a centrar força na narração. Como já demonstrara em Arquitetura da Destruição, ele é hábil em redigir textos informativos e impactantes. Para que o espectador possa assimilá-los, “Homo Sapiens” 1900 apela para um recurso: vez por outra, entra o som de um piano e a tela escurece completamente, até que a platéia recupere o fôlego e possa ir adiante.
Peter Cohen é um ótimo diretor, seu documentário “A arquitetura da destruição” é excelente. “Homo Sapiens” como cinema não é tão bom quanto mas devemos prestar toda a atenção na mensagem a qual o diretor nos passa. É sempre válido aprender com os erros do passado a fim de nos redimir.
Um comentário:
Voce estuda na Facha?
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