O berço da boêmia carioca
Continua, como sempre, atual.
Lutando contra o tempo,
E sobrevivendo com talento.
Terraço de artistas e intelectuais
Que ali fizeram moda e história;
Até lutaram pelos seus ideais.
A lapa está guardada na memória
Das pessoas mais simples
Às mais abastadas.
A Lapa nasceu ao redor de um aqueduto da época em que o Brasil era colônia portuguesa e não americana. Sua fama não sucumbiu ao audacioso projeto, ao contrário. Tão importante obra histórica brasileira passou a ser um adorno em suas ruas. Um ponto de encontro, onde namorados se encontram, mendigos se abrigam e jovens aguardam as filas do circo voador e Fundição Progresso.
Dizem que a praia é o lugar mais democrático do Rio de Janeiro – duvido muito, na Lapa não há as pseudo-divisões que tribos e grupos instauraram nas areias, se lá pode ser considerado um reduto, esse só pode ser chamado de reduto dos verdadeiros cariocas.
Como em todo bairro carioca, há mitos e lendas. Grande parte envolvendo seu mais famoso morador, Madame Satã. Negro, pobre e gay que até hoje é lembrado como o malandro mais célebre do local. Sua vida protagonizou até um filme, rodado nos antigos sobrados e famosas escadarias.
O Ressurgimento da Lapa no final da década de 90 não só fez renascer novamente um ponto turístico. Fez renascer o espírito carioca que estava “aprisionado” pela violência de nossas ruas. No bairro vimos ressurgir rodas de sambas e choro e o encontro de jovens pelas ruas. Até conversas intelectuais ocorrem nos finais dos shows no Beco do Rato, transcendendo as universidades e ganhando as ruas como em décadas passadas.
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